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SEBES

São conjuntos de pequenas árvores e/ou arbustos plantados a distâncias suficientes (formam uma barreira compacta) que podem desempenhar a função de compartimentação, bordadura e elemento estruturante e ornamental da paisagem.

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Estruturas de Foco Ecológico (EFA)
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Quantificação dos Serviços dos Ecossistemas (Modelo SIG)
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Biodiversidade de
Polinizadores
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Manutenção dos Ciclos de Nutrientes e de Carbono no Solo
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IMPACTOS NOS SERVIÇOS DOS ECOSSISTEMAS

IMPACTOS NA BIODIVERSIDADE

BENEFÍCIOS

Agronómicos – as sebes podem fornecer abrigo e sombra para o gado, prevenir a erosão do solo e ajudar a reduzir o escoamento agrícola que por sua vez, pode chegar aos rios. Podem ajudar a melhorar a saúde do solo e o crescimento da vegetação, fornecendo forragens adicionais para o gado. Podem estabelecer estruturas lineares naturais e podem ajudar a limitar a propagação de pragas ou doenças.


Ecológicos – as sebes são autênticos hotspots de biodiversidade, quer seja a nível de flora (árvores, arbustos, vegetação herbácea e/ou flores) quer seja a nível de fauna (aves, mamíferos e/ou espécies insetívoras – incluindo espécies polinizadoras como, as abelhas e moscas). Atuam assim, como corredores ecológicos, fornecendo refúgio, alimento ou água. São um local ideal de nidificação e descanso e permitem que a vida selvagem se movimente em segurança na paisagem agrícola e entre estruturas ecológicas. É de realçar ainda o papel que tem na filtração de pesticidas e herbicidas (possível dispersão) e na mediação de impactos olfativos, ruidosos e visuais.
 

Climáticos – uma sebe bem estruturada e densa é capaz de sequestrar carbono de uma forma bastante eficaz – investigadores estimam que as estruturas lenhosas como as sebes ou florestas podem potencialmente sequestrar entre 0,66 – 3,3 t CO2/ha/ano. Para além do sequestro de carbono as sebes constituem um quebra-vento natural (podem reduzir entre 30-50% a velocidade do vento), ou seja, fornecem sombra e abrigo contra eventos climáticos extremos

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04 Mediação de Impactos Olfativos, Ruídosos e Visuais.png

CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE SEBES

• Comece por identificar e desenhar (de forma esquemática simples) os limites das parcelas e da exploração como um todo. Os melhores locais para a instalação das sebes são ao longo das orlas multifuncionais, limites da propriedade, estradas e linhas de água. Idealmente também poderá instalar sebes para ligar estruturas de foco ecológico e criar “corredores verdes” dentro da exploração.
 

• Quando estiver a escolher as espécies arbustivas/arbóreas para a sebe escolha mais do que uma variedade de espécies (evite a monocultura) floríferas e de preferência com diferentes períodos de floração. Uma floração escalonada permite a presença de néctar e de pólen ao longo de todo o ano (o que potencia os serviços de polinização).


• Escolha espécies autóctones locais visto que se adaptam melhor às condições do terreno e são mais propícias para a vida selvagem local.

• Aquando da instalação das espécies “jogue” com as alturas e com os compassos de plantação. As espécies juvenis precisam de ser plantadas suficientemente espaçadas para se desenvolverem livremente e não competirem umas com as outras ou a sombrear as que lhes são mais próximas.
 

• Se possível considere instalar uma sebe com três estratos diferentes – um estrato arbóreo, um estrato arbustivo e um estrato herbáceo. Quanto mais estratificada for a sua sebe, maior impacto (positivo) terá nos serviços dos ecossistemas e na biodiversidade.
 

• Aquando da sua instalação (e durante os primeiros anos) considere instalar uma sebe com um afastamento de 2 metros dos locais onde o gado costuma pastar. Aconselha-se a impedir que o gado pastoreie junto da base e da margem da sebe durante o principal período de floração.

GESTÃO E MANUTENÇÃO DE SEBES

• Uma sebe ideal, para maximizar os impactos nos ecossistemas e na biodiversidade, é uma sebe alta, larga, densa e com bastantes recursos de frutos e flores. A ação mais importante que deve ser feita nas sebes consiste em não exercer qualquer tipo de intervenção durante um período de tempo. Importa reforçar que as sebes necessitam de tempo para crescerem e se desenvolverem em pleno. Assim que começarem a crescer para além dos limites estabelecidos e, começar a reparar no desenvolvimento de algumas silvas, está na fase de podar.


• Se conseguir evite podar a sebe até ao final do inverno (janeiro a fevereiro). Os pequenos frutos e as bagas das sebes são alimento crucial para as aves durante todo o inverno. Quanto mais cedo cortar, menos comida estará disponível para ajudar as aves e outros pequenos mamíferos a sobreviver durante a época mais hostil do ano. Evite ao máximo, podar a sebe durante os períodos de reprodução das aves (geralmente entre o início de março até final de agosto).


• Evite cortar todas as suas sebes de uma só vez. Considere uma rotação de 3-5 anos para permitir que as flores e as bagas cresçam em secções alternadas. Reduza a intensidade do corte todos os anos para permitir que a sebe se expanda e se diversifique – situação especialmente relevante quando as sebes são jovens e precisam de ser estabelecidas.
 

• Se a sebe for composta por uma fileira de árvores com copas densas e por um estrato arbustivo com algumas falhas, considere fazer um corte nas secções arbustivas para permitir a entrada de mais luz e por consequentemente ser mais atrativo para a biodiversidade.
 

• Não remova espécies arbóreas/arbustivas mais velhos ou até mesmo mortas – a não ser que estejam a impedir espécies mais jovens de crescer ou serem um problema para o meio ambiente. Estas estruturas apesar de mortas, são locais importantes para as comunidades de aves, insetos, pequenos mamíferos e morcegos. Estas espécies são agentes importantes para o controlo natural de pragas.
 

• Evite utilizar herbicidas ou pesticidas (mesmo os homologados). A sebe é um organismo vivo com uma grande diversidade de fauna e flora. A utilização destes produtos poderá ser benéfica para o combate de uma determinada praga, mas prejudicial ao mesmo tempo para as plantas e os animais que aí coabitam.

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Possível combinação de espécies a utilizar em Sebes

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PONTOS-CHAVE DAS BOAS PRÁTICAS E DA MANUTENÇÃO DE SEBES

• Um mínimo de 2/3 metros de largura.

• Mantenha uma sebe bem estruturada e densa.

• Corte na altura certa e não corte com regularidade e em excesso.

• Plante espécies arbustivas/arbóreas nativas.

• Promova um estrato herbáceo com bastantes recursos florísticos.
 

• Crie uma rede entre as sebes e as outras estruturas de foco ecológico.
 

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Corte esquemático de Sebes e as suas componentes

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Corredor Ecológico
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Orla Multifuncional
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Regeneração Natural
e
Abrigos para Aves e Morcegos
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Percurso
Interpretativo
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